Com esta emissão, os Correios, por meio da Filatelia, estampam em selos postais seis espécies de basidiomicetos pertencentes à Classe Agaricomycetes, apresentados abaixo:

O que chamam a atenção dos amantes da natureza por suas formas e cores diferentes.

Sobre os fungos

Os fungos são um grupo de organismos extremamente diversos, que vão desde espécies microscópicas unicelulares até aquelas que formam grandes estruturas visíveis (macrofungos), como os conhecidos cogumelos e orelhas-de-pau pertencentes ao grupo dos basidiomicetos.

Entre os basidiomicetos encontram-se diversas espécies de importância econômica e medicinal, incluindo várias espécies comestíveis, como o champignon, shiitake e shimeji, alimentos de alto valor nutricional.

Apesar de muitas espécies serem comestíveis, a falta de informações e a dificuldade de se reconhecer as espécies em campo dificultam o uso das mesmas. Um mesmo gênero pode conter espécies comestíveis, tóxicas e até letais.

Assim, o uso das espécies nativas na alimentação requer muito cuidado e a certificação da identificação por um especialista na maioria dos casos.

Os basidiomicetos (Filo Basidiomycota) estão presentes nos ambientes terrestres, onde atuam como decompositores, parasitas ou formam associações mutualísticas com outros organismos.

Estes fungos possuem uma fase somática micelial, formada por muitos filamentos septados denominados hifas, enquanto que as estruturas macroscópicas observadas na natureza são formadas para a produção de esporos sexuais.

Após a separação dos fungos do Reino Vegetal, os termos "corpo de frutificação" e "basidiocarpo", utilizados para designar os cogumelos ("fruto" do fungo), caíram em desuso e foram substituídos pelo termo "basidioma".

Os fungos aqui retratados são decompositores de matéria orgânica e através de seu metabolismo composto por diversas enzimas e outros metabólitos, contribuem com a reciclagem de nutrientes e manutenção dos ecossistemas terrestres.

Apesar de poucas espécies de fungos brasileiros possuírem nomes populares, principalmente devido ao distanciamento do público leigo do conhecimento micológico, nessa emissão eles foram identificados com os nomes populares que são utilizados em outros países com o intuito de difundir informações sobre as espécies.

Clathrus chrysomycelinus Möller

Clathrus chrysomycelinus Möller
Classificação Basidiomycota, Agaricomycetes, Phallales, Clathraceae
Nome popular Gaiola-de-bruxa-amarela

A espécie é caracterizada pelo basidioma em forma de balão com as colunas entrelaçadas, de coloração esbranquiçada a amarelada.

A massa de esporos fica concentrada em diversos pontos na porção interna da treliça e atrai insetos para a dispersão dos esporos.

Cresce sobre o solo no interior de matas. Essa espécie foi descoberta pela primeira vez no final do século XIX nos arredores da cidade de Blumenau (Santa Catarina), mas também se conhece para outros países da América do Sul, como Venezuela e Paraguai.

Clathrus columnatus Bosc

Clathrus columnatus Bosc
Classificação Basidiomycota, Agaricomycetes, Phallales, Clathraceae
Nome popular Gaiola-de-bruxa-de-colunas

O basidioma dessa espécie, que pode atingir cerca de 15 cm de altura, é formado por 3 a 5 colunas amareladas a alaranjadas que se fundem no ápice, onde uma massa viscosa amarronzada se distribui.

Essa massa viscosa exala um odor desagradável que atrai insetos para a dispersão dos esporos. A espécie ocorre em vários países tropicais e subtropicais e geralmente é encontrada sobre o solo em áreas de pastagem.

Geastrum violaceum Rick

Geastrum violaceum Rick
Classificação Basidiomycota, Agaricomycetes, Geastrales, Geastraceae
Nome popular Estrela-da-terra-violeta

Esse lindo fungo estrela-da-terra possui os raios de coloração arroxeada a violeta. São basidiomas pequenos, de 1 a 3 cm, e crescem no solo das matas, entre a serapilheira. No Brasil, é encontrado em áreas de Mata Atlântica. A espécie foi descoberta pela primeira vez na região de São Leopoldo (Rio Grande do Sul) no início do século XX, mas hoje também é conhecida na Argentina, Paraguai e México.

Hydnopolyporus fimbriatus (Cooke) D.A. Reid

Hydnopolyporus fimbriatus (Cooke) D.A. Reid
Classificação Basidiomycota, Agaricomycetes, Polyporales, Meripilaceae
Nome popular Leque-de-anjo

Os basidiomas dessa espécie se assemelham a pequenos leques brancos delgados, mas que crescem em conjunto geralmente na base de árvores. A superfície superior é lisa, mas a superfície inferior é formada por pequenas papilas e tubos labirintiformes. No Brasil, pode ser encontrada em todo o território. A espécie é comestível e utilizada na culinária de indígenas brasileiros.

Laetiporus gilbertsonii Burds

Laetiporus gilbertsonii Burds
Classificação Basidiomycota, Agaricomycetes, Polyporales, Fomitopsidaceae
Nome popular Galinha-da-mata

A espécie caracteriza-se pelo basidioma grande, do tipo orelha-de-pau, lateralmente estipitado ou séssil, consistência macia quando fresco, tornando-se duro ao secar.

A superfície inferior apresenta poros circulares pequenos, de 5 a 7 poros por mm. Espécie comestível. Apesar de ampla ocorrência na América do Norte a espécie só foi registrada no Brasil em áreas de Mata Atlântica do estado de São Paulo.

Oudemansiella cubensis (Berk. & M.A. Curtis) R.H. Petersen

Oudemansiella cubensis (Berk. & M.A. Curtis) R.H. Petersen
Classificação Basidiomycota, Agaricomycetes, Agaricales, Physalacriaceae
Nome popular Fungo-de-porcelana

Este fungo é muito característico pelo píleo viscoso ao tato, principalmente em materiais frescos, e pela presença das escamas marrom-claras, em forma de placas na superfície superior; na superfície inferior destacam-se as lamelas espaçadas extremamente alvas. Possui ampla distribuição no Brasil e se trata de uma espécie comestível.

Sobre os selos

Esta emissão ilustra a diversidade dos fungos e é composta por 6 selos, sendo três na orientação horizontal, e três na vertical.

Os fungos retratados são a Gaiola-de-bruxa-amarela (Clathrus chrysomycelinus), a Gaiolade-bruxa-de-colunas (Clathrus columnatus), a Estrela-da-terra-violeta (Geastrum violaceum), o Leque-deanjo (Hydnopolyporus fimbriatus), a Galinha-da-mata (Laetiporus gilbertsonii) e o Fungo-de-porcelana (Oudemansiella cubensis).

Destaque para a riqueza das cores e formatos diferentes que enaltacem essas belas espécimes da natureza. As técnicas utilizadas foram fotografia e computação gráfica.

Folha de selos emitida pelos Correios do Brasil sobre a diversidade de fungos
Carimbos de 1º dia de circulação dos selos da diversidade de fungos, emitidos pelos Correios do Brasil
Informações técnicas dos selos da série Mercosul: diversidade de Fungos
Edital nº 8/2019
Fotos Larissa Trierveiler Pereira e Vitor Xavier de Lima,
Ricardo Matheus Pires e Marcelo Pinto
Marcelli - Instituto de Botânica
Arte-finalização Daniel Effi/Correios
Processo de Impressão ofsete
Papel Couchê gomado
Folha Com 24 selos (4 sextilhas)
Valor facial R$ 1,60
Tiragem 240.000 selos (40.000 de cada)
Área do desenho 30x40 mm e 40x30 mm
Dimensão do selo 30x40 mm e 40x30 mm
Picotagem 12x11,5 e 11,5x12
Data de emissão 05/06/2019
Locais de lançamento Curitiba-PR, Manaus-AM e São Paulo-SP
Impressão Casa da Moeda do Brasil
Versão Departamento de varejo/Correios
Cód. de comercialização 852012896

Onde comprar

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