Por ocasião da 21ª Exposição Filatélica Luso-Brasileira – LUBRAPEX – ocorrida no ano de 2012, os Correios homenageou Jorge Amado, um dos mais importantes autores da literatura brasileira que comemorou centenário naquele ano.

Selo em homenagem a Jorge Amado

O selo destaca, à direita e em primeiro plano, a figura de Jorge Amado, e divulga, no canto inferior direito, a logomarca da Exposição Filatélica Luso-Brasileira-LUBRAPEX.

Carimbo de 1º dia de circulação do selo de Jorge Amado

Ao fundo e à esquerda, encontra-se a fachada da Fundação Casa de Jorge Amado, uma das principais instituições dedicadas à preservação e divulgação da obra do escritor, construída em estilo colonial, e situada no largo do Pelourinho, em Salvador-BA.

Informações técnicas do selo
Edital nº 18/2012
Arte Fernando Lopes
Processo de Impressão Ofsete folha com 24 selos
Folha Com 24 selos
Papel Couchê gomado
Valor facial R$ 1,20
Tiragem 414.480 selos
Área de desenho 33 x 33 mm
Dimensões do selo 38 x 38mm
Picotagem 11,5 x 11,5
Data de emissão 10/11/2012
Locais de lançamento São Paulo-SP, Salvador-BA, São Jose do Rio Preto-SP e Itabuna-BA
Impressão Casa da moeda do Brasil
Prazo de comercialização pela ECT até 31 de dezembro de 2015
Código de comercialização 852009445

Representando a vasta obra do escritor, o selo destaca uma figura de mulher, simbolizando uma de suas personagens mais conhecidas: Gabriela, Cravo e Canela. A técnica utilizada foi aquarela e lápis de cor.

A história de Jorge Amado

Jorge Amado nasceu a 10 de agosto de 1912, na fazenda Auricídia, no distrito de Ferradas, município de Itabuna, sul do Estado da Bahia, filho do fazendeiro de cacau João Amado de Faria e de Eulália Leal Amado.

Com um ano de idade, foi para Ilhéus, onde passou a infância. Fez os estudos secundários no Colégio Antônio Vieira e no Ginásio Ipiranga, em Salvador. Neste período, começou a trabalhar em jornais e a participar da vida literária, sendo um dos fundadores da Academia dos Rebeldes.

Publicou seu primeiro romance, O País do Carnaval, em 1931. Casou-se em 1933, com Matilde Garcia Rosa, com quem teve uma filha, Lila. Nesse ano, publicou seu segundo romance, Cacau. Formou-se pela Faculdade Nacional de Direito, no Rio de Janeiro, em 1935.

Militante comunista, foi obrigado a exilar-se na Argentina e no Uruguai entre 1941 e 1942, período em que fez longa viagem pela América Latina. Ao voltar, em 1944, separou-se de Matilde Garcia Rosa.

Em 1945, foi eleito membro da Assembleia Nacional Constituinte, na legenda do Partido Comunista Brasileiro (PCB), tendo sido o deputado federal mais votado do Estado de São Paulo. Jorge Amado foi o autor da lei, ainda hoje em vigor, que assegura o direito à liberdade de culto religioso. Nesse mesmo ano, casou-se com Zélia Gattai.

Em 1947, ano do nascimento de João Jorge, primeiro filho do casal, o PCB foi declarado ilegal e seus membros perseguidos e presos. Jorge Amado teve que se exilar com a família na França, onde ficou até 1950, quando foi expulso. Em 1949, morreu no Rio de Janeiro sua filha Lila. Entre 1950 e 1952, viveu em Praga, onde nasceu sua filha Paloma.

De volta ao Brasil, Jorge Amado afastou-se, em 1955, da militância política, mas sem deixar os quadros do Partido Comunista. Dedicou-se, a partir de então, inteiramente à literatura.

Foi eleito, em 6 de abril de 1961, para a cadeira de número 23, da Academia Brasileira de Letras. Jorge Amado morreu em Salvador, no dia 6 de agosto de 2001. Foi cremado conforme seu desejo, e suas cinzas foram enterradas no jardim de sua residência na Rua Alagoinhas.

O autor está entre os mais importantes escritores do século XX. Só no Brasil, teve mais de 20 milhões de livros vendidos. No exterior, foi publicado em 60 países – num total de 49 traduções, existindo também exemplares em braile e em formato de audiolivro.

Seus títulos de maior sucesso foram Capitães da Areia, Dona Flor e Seus Dois Maridos, Gabriela, Cravo e Canela, A Morte e a Morte de Quincas Berro Dágua e Tieta do Agreste. Estas e outras histórias já receberam adaptações para teatro, cinema e televisão.

A obra de Jorge Amado mereceu diversos prêmios nacionais e internacionais, entre os quais destacam-se: Stalin da Paz (União Soviética, 1951), Latinidade (França, 1971), Nonino (Itália, 1982), Dimitrov (Bulgária, 1989), Pablo Neruda (Rússia, 1989), Etruria de Literatura (Itália, 1989), Cino Del Duca (França, 1990), Mediterrâneo (Itália, 1990), Vitaliano Brancatti (Itália, 1995), Luis de Camões (Brasil, Portugal, 1995), Jabuti (Brasil, 1959, 1995) e Ministério da Cultura (Brasil, 1997).

Recebeu títulos de Comendador e de Grande Oficial, nas ordens da Venezuela, França, Espanha, Portugal, Chile e Argentina; além de ter sido feito Doutor Honoris Causa em 10 universidades, no Brasil, na Itália, na França, em Portugal e em Israel.

O título de Doutor pela Sorbonne, na França, foi o último que recebeu pessoalmente, em 1998, em sua última viagem a Paris, quando já estava doente.

Jorge Amado orgulhava-se do título de Obá, posto civil que exercia no Ilê Axé Opô Afonjá, na Bahia.

Fonte:
Edital de emissão do selo, texto da Fundação Casa de Jorge Amado.

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