Mais uma vez, a filatelia brasileira tem a honra de emitir selos sobre mulheres que fizeram história e, dessa vez, o segundo selo de uma série de seis homenageia Hortência Marcari a rainha do basquete brasileiro.

A imagem é uma foto que foi tirada no exato momento da famosa paradinha da Hortência, tempo em que ela se concentra para fazer um arremesso de lance livre, durante um jogo dos 26º Jogos Olímpicos em Atlanta de 1996.

Selo Hortência: série de mulheres que fizeram história

O elo desta emissão é o símbolo da mulher, que consta em todos os selos. A folha com borda na cor magenta, é composta por 18 selos, tendo o título da emissão no canto superior esquerdo e no canto superior direto desenhos estilizados de flores de hortênsias e uma bola de basquete. Foram usadas as técnicas de fotografia e computação gráfica.

Carimbo de 1º dia de circulação do selo de Hortência Marcari
Informações técnicas do selo de Hortência Marcari
Edital nº 17/2019
Foto CBB
Arte-finalização Jamile Costa Sallum e Daniel Eff/Correios
Processo de Impressão ofsete
Papel Couchê gomado
Folha Com 18 selos
Valor facial 1º porte, carta não comercial
Tiragem 54.000 selos
Área do desenho 21 x 39 mm
Dimensão do selo 26 x 44 mm
Picotagem 11,5 x 11
Data de emissão 15/08/2019
Local de lançamento São Paulo-SP
Impressão Casa da Moeda do Brasil
Versão Departamento de varejo/Correios
Cód. de comercialização 852012926

Selo de Hortência Marcari

No segundo selo da série, chegamos à História de uma mulher que vale ouro por suas conquistas no mundo do Basquete, considerada a maior pontuadora da história da seleção, que participou de quatro mundiais de Basquetebol, com 3.160 pontos, marcados em 127 partidas oficiais.

Chegou o momento de contarmos a História de Hortência de Fátima Marcari, reconhecida como a Rainha do Basquete brasileiro, que nasceu em Potirendaba, São Paulo, em 23 de setembro de 1959.

Hortência é exemplo de determinação e garra para as mulheres de todas as gerações. Sua história inicia com a necessidade de vencer os desafios próprios de criança pobre, que vê no esporte a chance de sobrevivência e de uma vida digna. Seus pais eram pobres e muito dedicados aos filhos.

Apoiaram Hortência em sua determinação de ser uma estrela na atividade que escolheu para ser a mola propulsora de uma vida de conquistas, que lhe trouxe fama e prestígio, tornando-a reconhecida como uma das maiores jogadoras de basquetebol de todos os tempos. Para isso contou com o apoio de pessoas que acreditaram em seu talento e determinação.

Hortência Marcari nasceu para brilhar nas quadras do basquete brasileiro, vencendo todos os obstáculos que surgiram nessa estrada, onde as cestas colhiam, em cada bola de mestre, as flores da competência, da coragem, da garra, e, acima de tudo, do amor incondicional à vida, ao esporte e ao Brasil.

Além de nascer no mês dedicado à primavera, na cidade cujo nome, na língua dos índios, significa “Cestas de Flores”, Hortência, com seu nome de flor, vestia a camisa da Seleção Brasileira de Basquetebol com a férrea vontade de vencer.

No basquete brasileiro foi ovacionada e reverenciada por seu jeito singular de conduzir a bola ao seu objetivo – a cesta. Nesse contexto, movimentava o jogo, fazia passes sensacionais, demonstrando liderança e genialidade de atleta.

As bolas cestadas por Hortência transformavam-se em flores em suas jogadas. E o Brasil agradecia, vibrando frente aos bons resultados de cada competição, colocando a atleta como exemplo de mulher digna de aplausos no cenário do esporte nacional.

Hortência, hoje, representa a essência do basquete brasileiro, sendo orgulho para as atletas que a acompanharam, e exemplo para as jovens que trilham o desafiador caminho do basquetebol. Hortência é escola, é referência e autoridade no que se relaciona ao basquete.

Suas conquistas são inúmeras. Nos anos 90 vieram as grandes conquistas de sua vida, foi Medalha de ouro nos Jogos Pan-americanos de Havana – Cuba em 1991, campeã do Mundial da Austrália em 1994, e nos jogos Olímpicos de 1996 em Atlanta, o basquetebol feminino conquistou a primeira medalha olímpica do Brasil.

Hortência sempre contou com o apoio de suas colegas de competições, da comissão técnica e dos dirigentes da Confederação Brasileira de Basquetebol Feminino. Suas conquistas eram pautadas no espírito de equipe e no respeito às regras e às posições de cada atleta no jogo. As cestas só aconteceriam se todas estivessem unidas em torno desse objetivo.

As conquistas de Hortência se intensificavam frente às Campanhas oficiais da Seleção Brasileira de Basquetebol Feminino, e às dos Clubes e seus Campeonatos. Foi destaque em todas as Campanhas das quais participou. É recorde mundial de cestas, por haver, em uma única partida, feito 121 pontos.

Frente aos Clubes, vale frisar que se sagrou campeã em Campeonatos Mundiais em 1991, 1993 e 1994. No Pan-Americano, foi campeã em 1994 e 1995. No Sul-Americano, campeã em 1983, 1984, 1993 e 1996. Foi campeã da Taça Brasil em 1984, 1987, 1989, 1991, 1992, 1994 e 1995. No Campeonato Paulista, sagrou-se campeã em 1982, 1983, 1987, 1988, 1989, 1990, 1991 e 1993. No Interclube, campeã em 1991, 1993 e 1994.

Por seus méritos, em 2002, teve seu nome incluso no Hall da Fama do Basquetebol Americano, em Tenessee, nos Estados Unidos. Em 2005, seu nome foi imortalizado no Memorial Naismith de Basquetebol, em Massachussets, nos Estados Unidos. Em 2009, foi incluída no Hall da FIBA – Federação Internacional de Basquetebol, em Madri/Espanha.

Em 2018, foi escolhida como a maior jogadora de todos os tempos da Copa do Mundo ou Campeonato Mundial também pela FIBA. Atualmente, Hortência é empresária, palestrante e participa de programas de televisão, mostrando que talento e determinação devem ser propagados para o bem de todos.

O selo postal especial desta Série, dedicado à Hortência, representa Medalha de Ouro para a Filatelia brasileira e o agradecimento da Nação à Rainha do Basquete Brasileiro, que ousou fazer História, elevando o Brasil ao pódio do Basquetebol Mundial.

As mulheres na filatelia

Os selos postais, desde o seu surgimento, em 1840, na Inglaterra, iniciaram a grandiosa missão de propagar a história universal e de comunicar os grandes e abnegados feitos daqueles que se dedicaram à construção de valorosas obras em vários contextos socioculturais.

Conheça outros selos emitidos pelos Correios do Brasil em 2019

Assim, o primeiro selo postal do mundo, o penny black, exibia a efígie da Rainha Vitória, perpetuando o perfil de uma soberana inglesa, reconhecida por sua coragem e determinação frente aos desafios de sua época. Daí compreendermos que o selo já nasceu predestinado a marcar com nobreza os fatos por ele assinalados.

São inúmeros os selos postais brasileiros dedicados às mulheres e suas obras. É gratificante verificar o quão nobre tem sido a presença da mulher na Filatelia, destacando a sua função em vários contextos, mostrando que as mulheres estão cada vez mais conscientes dos papéis que desempenham na sociedade. É, portanto, justo que mulheres valorosas tenham as suas contribuições e os seus valores perpetuados em selos postais.

Os selos postais chegaram ao século 21 comunicando personalidades, obras e aspectos artísticos, históricos, sociais, ambientais e desportivos, que o Brasil e o mundo precisam reverenciar.

Nesse contexto, as mulheres têm desempenhado um papel cada vez mais importante na sociedade, vencendo lutas de vários significados, buscando assegurar seus direitos frente a uma vida digna, segura e pautada no respeito à liberdade, à igualdade e defesa de seus ideais.

Mais uma vez, a filatelia brasileira tem a honra de emitir selos sobre mulheres. Agora será a vez de Mulheres que Fizeram História, destacando seis personalidades vencedoras em suas vidas. São elas: Elza Soares, Hortência Marcari, Hebe Camargo, Carolina Maria de Jesus, Maria da Penha e Aracy de Carvalho Guimarães Rosa.

As mulheres merecem essa honraria, que também dignifica e enriquece a Filatelia brasileira. Esses selos representam o reconhecimento do Brasil e do mundo à história de vida, de trabalho e de força que as motivaram na tarefa de transformar o mundo.

Fonte:
Edital de emissão do selo, texto de Maria de Lourdes Torres de Almeida Fonseca
Escritora, Cadeira 35 da Academia de Letras e Música do Brasil - ALMUB.

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